
Imagem: fractal, fonte: httpwww.nicewallpapers.infopicture_pics-fractal-113.html
JOGOS CANTADOS: (Tarefa: U4 AT3 - Planejando um ensaio de grupo vocal)...
Grupo a ser trabalhado: Uma classe de 30 a 40 alunos, na faixa etária entre 12 a 15 anos de uma escola publica no estado de São Paulo.
Nível de adiantamento: Provavelmente alguns alunos tenham experiência musical dentro de suas famílias, podendo, em algum caso ou outro, ter alguma instrução musical. No geral, conhecendo a situação cultural do Brasil, espera-se um precário conhecimento musical, que provavelmente vem vinculado as propostas comerciais e apelativas da mídia, principalmente o veiculado nas TVs abertas.
Repertório: Penso na aplicação de exercícios dinâmicos dentro de uma visão da música contemporânea, mas aplicada de forma popular e espontânea. Para isso quero aplicar os “Jogos Cantados”, de idealização própria.
Quero usar esse método, pois creio que a capacidade de produzir música nova e livre existe dentro de cada pessoa, e pode se manifestar e se desenvolver, se estimuladas.
Aplicação: A aula deve se iniciar com conversas. É preciso tomar consciência das expectativas, experiências musicais, disposições. Além disso realizar um entrosamento, dentro do possível, brincando ou contando uma historia musical engraçada...
Em seguida proporia alguns exercícios de respiração e relaxamento, há alguns simples de Yoga, que tenho visto em um estudo de professores como Micheline Flak.
Depois, buscaria separar rapidamente por tessituras, as mais graves, as intermediarias e as mais agudas, através de imitação de sons. O professor canta uma nota q o aluno é capaz de repetir, e vai testando outras ate ver as diferenças de tessituras.
Acha-se a nota mais grave que possam cantar o “grupo dos graves”. Esse grupo deve entoar a nota, sustentando-a, e em seguida fazer um glissando lento ate o intervalo de quinta. Isso será feito por imitação. O professor demonstra e os alunos o imitam. Quando conseguirem realizar em grupo eles o fazem, sustentando a nota de chegada. Essa nota será a nota de saída do “grupo do meio”. Faz-se o mesmo trabalho com esse grupo. Em seqüência chega a vez do “grupo alto”. Depois se fará o caminho inverso, sempre da nota mais alta, descendo em glissando uma quinta, outra quinta, e por fim a ultima quinta no “grupo dos graves”.
Posteriormente, se há tempo e disposição, faz-se o mesmo trabalho com terças maiores. Depois com terças menores.
Dando sequencia, começa-se a trabalhar intevalos mistos, formando tríades, sempre com os glissandos.
O professor pode criar composições, combinando as habilidades conquistadas com textos pequenos, (talvez haikais), e inserir nas aulas.
Assim que o grupo esteja com sua linguagem definida, abre-se a oportunidade de que os alunos tragam suas musicas, dentro do novo estilo. Aposto no fato de que se eles mesmos produzirem suas musicas, criamos uma defesa em relação a preferências musicais demasiado baixas, muito comuns nas TVs brasileiras. Além disso se dá a chance de que surjam novas musicas e novos estilos espontaneamente nas diversas comunidades onde se aplique este método.
Com esse exercício ensina-se intervalos, mostra-se além disso, que entre os intervalos existem outros sons. Mostram-se tríades, se for o caso o campo harmônico, mas também se educa a pensar além, com uma percepção mais ampla.
Creio que um grupo hábil nesses exercícios facilmente assimilaria o repertorio comum já costumeiramente utilizado.
Para encerramento da aula, é a hora das considerações, onde vem os elogios mostrando a todos as conquistas, e o que faltou para conseguir determinado resultado, de forma a criar consciência do que foi realmente realizado e do que se pode ainda realizar.
A cada aula se avança de acordo as possibilidades de tempo e disposição, diariamente, até se chegar ao melhor resultado possível.
Muito interessante essa proposta Bel, realmente pode trazer ótimos resultados.
ResponderExcluirAbraços.
Marcos Gama